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Audiologia e Voz

O exame de Audiometria de Altas Frequências serve para detectar alterações auditivas precoces e monitorar indivíduos submetidos a tratamentos com drogas ototóxicas. É realizado em cabine acústica com fones calibrados para emitir sons extremamente agudos, e sua finalidade é mensurar o nível mínimo de intensidade sonora nas frequências de 9.000,10.000,11.200,12.500,14.000 e 16.000Hz. 

O teste não depende da colaboração do indivíduo e não necessita de preparo; apenas avaliação médica prévia para assegurar que os ouvidos não estejam obstruídos com cera ou outros problemas. Para as crianças, são utilizados brinquedos durante o exame para facilitar as respostas.

O exame de Audiometria Infantil Condicionada serve para detectar o grau de tipo de perda auditiva em crianças de 2 a 6 anos de idade. Funciona através da observação das respostas comportamentais a estímulos sonoros em situação controlada, com o acompanhamento de um fonoaudiólogo na cabine durante o teste. 

De acordo com a American Speech-Language-Hearing Association (ASHA), a avaliação deve ser realizada anualmente em crianças em idade escolar. 

É através deste exame que podemos analisar o ganho de audição de pessoas que utilizam a prótese auditiva, oferecendo uma melhor adaptação do aparelho.

Para a realização do procedimento, o paciente deve estar com os aparelhos em boas condições de uso e pilhas novas. 

A Audiometria Tonal tem como finalidade medir o nível mínimo de intensidade sonora percebido através da obtenção dos limiares auditivos tonais por via aérea e óssea. Serve para detectar o possível grau e categoria de surdez, a fim de identificar o melhor tipo de tratamento – com medicamento, cirurgia ou recuperação com o uso de aparelhos auditivos.

O exame pode ser realizado em adultos e crianças a partir de 3 anos de idade, em ambientes acusticamente tratados e com fones de ouvido. Em crianças, são utilizados brinquedos para facilitar as respostas durante o teste.

A Audiometria Vocal avalia o nível de compreensão da linguagem (inteligibilidade) e a discriminação (capacidade de diferenciar os fonemas), testando os sistemas periférico e central do indivíduo. Este tipo de teste é fundamental para o diagnóstico de patologias retrococleares – como tumores do acústico e neuropatia/dissincronia auditiva – e na indicação do uso de próteses auditivas.

Também conhecido como Processamento Auditivo Central, ou PAC, o procedimento de Audiometria Vocal com Mensagem Competitiva testa a capacidade do paciente de analisar e interpretar diversos sons. As alterações identificadas no Processamento Auditivo Central podem interferir na capacidade de compreensão da fala e na aprendizagem, e não estão relacionadas à perda auditiva – indivíduos com níveis adequados de audição podem apresentá-las. 

A avaliação só pode ser realizada em pacientes com mais de 6 anos de idade.

O exame de Espectografia Vocal permite a análise técnica da voz através de como o falante utiliza sua voz e qual seu nível de qualidade vocal. São avaliados os parâmetros de rouquidão, soprosidade, astenia e tensão.

O teste consiste na avaliação da orelha média através de uma sonda inserida no conduto auditivo externo e introdução de leve pressão e som. A única recomendação é que o paciente permaneça parado para a medição adequada.

A Impedanciometria/Timpanometria é um exame simples, indolor, objetivo e que não depende das respostas do paciente. O teste tem como objetivo avaliar as condições do ouvido médio, detectando possíveis indícios de secreções, mobilidade do tímpano e dos ossículos, e a disfunção da tuba auditiva. Também permite a identificação de otites catarrais crônicas e tipos de perdas auditivas (condutivas ou neurossensoriais). 

Não existem contraindicações para a avaliação, que pode ser feita em qualquer idade. O preparo para o procedimento exige apenas que o paciente esteja com os condutos auditivos limpos e que evite sons altos durante as 14 horas que antecedem o exame. 

A avaliação de Otoemissões Acústicas por Produto de Distorção é responsável por fornecer informações sobre o funcionamento coclear.

Este teste é realizado com o intuito de constatar a presença de tontura ou nistágmo secundários à estimulação sonora em nível de pressão elevado ou alteração súbita de pressão de ar no meato acústico externo.

O teste de Processamento Auditivo Central é indicado para crianças ou adultos que apresentam dificuldades de aprendizagem, comunicação oral ou escrita e compreensão em ambientes ruidosos. 

A avaliação é realizada com o paciente utilizando fones de ouvido em uma cabine acústica, executando determinadas tarefas. 

A Prova de Função Tubária serve para diagnosticar patologias do ouvido médio; prevenir o aparecimento de problemas do ouvido médio (otites); e verificar o funcionamento da Trompa de Eustáquio, principalmente em pacientes com perfurações timpânicas. 

A avaliação pode ser feita com o auxílio da sonda do impedancimetro, colocada de maneira impermeável no canal auditivo externo (mesmo em membranas perfuradas). 

O exame de Otoemissões Acústicas Transientes, popularmente conhecido como “Teste da Orelhinha”, avalia de forma objetiva a função das células ciliadas externas da cóclea (orelha interna). Quando estimuladas por um clique curto ou um sinal de banda larga, essas células geram uma resposta sonora — a otoemissão — que é captada por um microfone inserido no canal auditivo. A presença dessas emissões indica que a via coclear periférica está funcionando normalmente.

A pesquisa do Reflexo Cócleo-Palpebral (também chamado de “blink reflex” auditivo) avalia a integridade das vias auditivas centrais e do reflexo de piscamento em resposta a estímulos acústicos intensos. Em outras palavras, o exame verifica se um som alto desencadeia, de maneira adequada, a contração do músculo orbicular dos olhos (responsável pelo fechamento palpebral), confirmando o funcionamento das vias que envolvem o nervo auditivo (VIII), o tronco encefálico e o nervo facial (VII).